quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Votar pra quê?




“Democracia vem da palavra grega “demos” que significa povo. Nas democracias, é o povo quem detém o poder soberano sobre o poder legislativo e o executivo.”





Esta é uma das definições de democracia, o regime sob o qual vivemos. O princípio básico de democracia é que o povo eleja seus representantes, para que estes intercedam por ele junto ao poder público. Como estamos em ano eleitoral, vem a pergunta: Tem alguém defendendo nossos interesses, seja no Planalto Central, seja na Câmara de vereadores ou na prefeitura da sua cidade?

A resposta parece óbvia: Não! Ainda mais com tantos escândalos que não param de estourar nos jornais; mensalão, corrupção e suborno são algumas das palavras que têm sido freqüentemente associadas à política. Realmente, existem muitos políticos corruptos e incompetentes, e ai vem outra pergunta: Mas será que o povo, na hora de votar, está escolhendo direito?

Vamos lá. Nas últimas eleições para deputado federal, o já falecido deputado Enéas Carneiro, fundador do PRONA, foi reeleito com votação recorde. Em oito anos na câmara dos deputados ele teve uma atuação apenas discreta. O que justifica, então, o número recorde de votos? Suas propostas, seu trabalho ou seu conhecido jeito folclórico?

Outro exemplo é o deputado do PL, Valdemar Costa Neto. Foi provado que ele estava envolvido no escândalo do mensalão, revelado em 2005. Para não ser cassado e perder seus direitos políticos ele se aproveitou de uma brecha na Lei, e renunciou ao cargo. Dessa maneira, ele pôde se candidatar nas eleições do ano seguinte, e acabou eleito novamente.

É comum generalizar, e na época da eleição dizer que “político é tudo igual então vou votar em qualquer um e anular meu voto.” As coisas não devem ser vistas desse modo. Existem maus políticos, mas também existe gente séria, que leva o seu ofício e seu cargo a sério.

O princípio de democracia pode até ficar apenas na teoria, mas o voto ainda é o único meio de se melhorar o país. Não adianta ler todos os dias sobre os escândalos nos jornais, se indignar e reclamar se no dia das eleições você jogar seu voto fora, seja anulando, seja “votando em qualquer um” ou vendendo seu voto em troca de brindes e favores.

A credibilidade dos nossos políticos está sim em baixa, por isso é necessário olhar com atenção, ver as propostas e o histórico de cada candidato, desconfiar. Se o seu candidato for eleito, cobre-o! Exija os resultados que ele prometeu! Afinal, o voto é nossa única arma, só temos que tomar cuidado para não nos matarmos com ela.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Dave Grohl, o estivador do rock


Dave Grohl é um dos caras mais talentosos do rock. Baterista fora do comum, guitarrista, vocalista e compositor, Dave se mostra um músico acima da média. Você pode até não gostar nem de Nirvana nem de Foo Fighters, mas o talento dele é inegável.

Dave tem uma casa-estúdio, onde os Foo Fighters gravam seus álbuns. Foi lá que ele gravou a primeira demo da banda, onde tocou todos os instrumentos e também cantou. O Foo Fighters grava seus álbuns neste estúdio, e só depois os vendem para a gravadora, que divulga e faz o lançamento.

Ou seja, ela não participa do processo de criação, então não há pressão para que o álbum seja feito desse ou daquele jeito. Eles são gravados do jeito que a banda acha melhor, e isso faz uma baita diferença.

Mas o que mais chama a minha atenção em Dave Grohl é que, mesmo depois de ter alcançado o sucesso numa banda que virou lenda, ele teve fôlego para tocar outro projeto (no caso, o Foo Fighters) bem sucedido. E conseguiu isso sem recorrer ao seu passado na banda de Kurt Cobain; o Foo Fighters não toca músicas do Nirvana em seus shows, nem nunca regravou nada deles.

Dave conseguiu novamente se destacar no meio musical, mesmo tendo ficado, no bom sentido, marcado como "o baterista do Nirvana". Já li muitas entrevistas dele dizendo que não queria ser lembrado apenas dessa maneira, mas sim como "o vocalista e guitarrista do Foo Fighters". Parabéns, Dave, você conseguiu!


quarta-feira, 23 de julho de 2008

Vitrola no Talo - Strike Anywhere


Vitrola no Talo está de volta, depois de algumas semanas de ausência. A dica de hoje é uma banda que passou pelo Brasil alguns meses atrás, talvez alguns conheçam. Falo dos americanos do Strike Anywhere, banda formada em Virgínia há nove anos atrás.

Os caras trazem uma pegada punk rock/hardcore tanto na sonoridade quanto nas letras, que são politizadas e contestadoras. Com influências como 7 seconds, Minor Threat e Bad Brains, o SA faz uma coisa que me agrada; a dobradinha ativismo/música.

Unir mentalidade política e insatisfação com música ou qualquer outra expressão artística é uma iniciativa válida para cobrar e buscar mudanças, e o Strike Anywhere, além ser uma das melhores bandas da atualidade, faz isso muito bem. O clip abaixo é da música Infrared, do álbum Exit English.

Outros links de Strike Anywhere
My Space

Ouça também:
Extinguish (clááááássico)
To the World
Instinct
How to pray
Refusal

Discografia:
2000 - Chorus Of One (EP)
2001 - Change Is A Sound”
2003 - Exit English
2005 - To Live In Discontent
2006 - Dead FM

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Fala ai



"Jornalismo de verdade consiste no que ninguém quer ver publicado; o resto é relações públicas"

George Orwell

sábado, 19 de julho de 2008

Tempo que não volta


Quando temos lá nossos 14, 15 anos, tudo o que mais queremos é crescer o mais rápido possível. Completar 18 anos logo, atingir a maioridade para ter independência, poder entrar em qualquer lugar, dirigir e ser chamado de "adulto."

Mas quando a maioridade chega, e a adolescência e a infância ficam pra trás, acontece o contrário. Lamentamos que aquela fase gostosa, que tantas histórias nos fez ter pra contar, tenha se perdido no passado. As brincadeiras, os amigos, as brigas, as aventuras, os amores e desamores, as travessuras. Lembramos de tudo com muito carinho e saudade depois que crescemos.

Tenho ótimas lembranças dessa minha fase, vivida toda nos arredores da rua da foto acima. As histórias que vivi e as amizades que fiz nessa época (a grande maioria cultivadas até hoje, embora veja esses amigos com menos freqüência) moldaram grande parte do meu caráter, me tornaram o que sou hoje.

Alguns amigos daquela época estão mais distantes, mas creio que todos lembram com carinho e saudade das histórias, dos jogos de futebol contra o time do bairro vizinho, de passar horas em frente ao vídeo-game tentando terminar Resident Evil, das quermeses do bairro, de voltar a pé de madrugada do cinema morrendo de medo, das manhãs sonolentas e engraçadas na escola.

Ainda tenho um apartamento no bairro onde passei a infância, e sempre que estou pra baixo, ou cansado da correria do dia a dia, passo um tempo por lá. Lembro dessa época, das histórias, e isso me revigora, me enche de energia, me remete às minhas raízes, aos meus amigos parceiros de estrada desde aquela época até hoje e me lembram de todos os sonhos que eu tinha, os que já realizei e os que faltam realizar. É o tempo que não volta, mas fico contente por poder lembrar dele, e ver que o aproveitei ao máximo.


Uma vez você foi uma crianca, mas isso já passou
Acreditava que a magia em seu coração nunca sumiria (...)
Mas erga sua cabeça e deixe seu espirito voar
Mantenha a esperança viva lá no fundo
e seus sonhos nunca morrerao
Kiss - We are one

De volta

Chega de calmaria por aqui. Depois de algumas semanas viajando e descansando, recarregando as baterias para o semestre que está por vir, a Vitrola está de volta. Para celebrar o retorno, Let them eat war, do Bad Religion, com participação de Tim McIlrath, do Rise Against.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Pecado (?) underground

Bandas independentes que assinam com gravadoras: vilãs?


A história sempre segue o mesmo roteiro: uma banda começa a se destacar no cenário independente e chama a atenção da grande indústria musical. Não demora e aparece uma gravadora com uma boa proposta, a banda em questão aceita e assina um contrato. Ao fazer isso, ela vira uma traidora do movimento, certo?

Não. Ou melhor, nem sempre. Assinar com uma gravadora não significa que uma banda e todos os seus integrantes fizeram um pacto com o demo e agora terão que ser odiados para sempre. Tudo depende do que se entende por "banda independente". É aquela que grava e vende os seus discos por conta própria? Aquela que nunca toca na MTV? Aquela que só faz show para pequenos públicos?

Acredito que não seja só isso. Banda independente também pode ser considerada aquela que faz o seu som sem querer agradar esse ou aquele, sem se importar se vai vender ou não, se vai fazer sucesso ou não. Não vejo mal em uma banda assinar com uma gravadora, desde que ela não mude o seu som por causa disso. Não deixe a gravadora interfir no som com o intuito de deixa-lo mais "comercial".

Veja o Dead Fish por exemplo. Em 2004 assinou com a Deckdisc, e lançou o cd Zero e um. A sonoridade da banda não só continuou a mesma, como o Zero e um é um dos melhores discos dos caras, no nível de clássicos como Afasia por exemplo

Tudo depende da proposta. Se for visando apenas oferecer mais estrutura para uma banda independente trabalhar, sem interferir no som dela, é válido. Mas se for visando apenas transformar a banda em produto, com músicas e letras cheias de clichês e de lugares comuns, feitas apenas para entreter alguns pré-adolescentes que não têm nada na cabeça, ai já é condenável.

Fico incomodado quando uma banda que eu escuto há muito tempo estoura e ganha mais visibilidade? Claro que sim. Mas nem por isso posso sair por ai criticando sem analisar direito a situação. Música transmite muito mais do que notas e acordes, transmite também idéias e mensagens. O lance é não mudar a proposta do som para atender os interesses comerciais.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Memória curta


Em 2005 tivemos um dos maiores casos de corrupção da história do Brasil, o mensalão. Ai é aquela história, na época todo mundo se revolta, fica indignado, a imprensa da manchetes e mais manchetes sobre o assunto. Depois, passam-se seis meses, um ano, chegam as eleições, e o povo vota e elege os mesmos deputados que estavam envolvidos no escândalo.

Então lá se vão dois, três anos, e até parte da imprensa esquece. O máximo que sai sobre o mensalão hoje em dia é uma notinha. E eles continuam ai, a solta, com suas confortáveis cadeiras na câmara, seus carrões e casas de luxo. Vamos acordar!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Vitrola no talo - Violins

Nos anos 1980, Brasília foi palco de um fenômeno que fez surgir várias bandas que depois ganhariam destaque em todo o Brasil: Legião Urbana, Raimundos e Plebe Rude por exemplo. Aquela geração deu uma enorme contribuição para a cena rock brasileira. Atualmente, o centro-oeste continua em destaque, com festivais da melhor qualidade e boas bandas que vêm surgindo por lá.

Uma dessas bandas é Violins, de Goiânia. Com cinco cd´s e um EP lançados, o Violins é uma banda que, apesar das influências, tem uma identidade, um estilo peculiar, ímpar. Belas melodias e acordes sem deixar de lado uma boa dose de peso nas guitarras e baixo, letras inteligentes, que fazem a gente pensar alto quando ouve.

Conheci o som dos caras através do Last fm, e desde então não parei mais de ouvir e cantarolar por ai as canções. O vídeo abaixo é da música Glória, do cd Grandes Infiéis, tocada num pocket show acústico, realizado na livraria Saraiva. Guarde bem esse nome, Violins, você ainda vai ouvir muito o som desses caras.

Outros links de Violins
Last fm
My Space

Ouça também
Festa universal da queda
SOS
Problema meu
Vendedor de rins

segunda-feira, 23 de junho de 2008

"Minha cidade grita..."



Frank Miller está de volta aos cinemas. Depois de adaptar para as telonas obras-primas de sua autoria, como Sin City e 300, o cara agora dirige e assina o roteiro de The Spirit, HQ criada por Will Eisner nos anos 1940, uma das mais importantes do mundo dos quadrinhos.

O filme está previsto para estrear em janeiro de 2009, e deve ser bem fiel a obra original, ter Frank Miller envolvido no projeto é um indício disso. No elenco, teremos Eva Mendes como Sand Saref, Samuel L. Jackson como o vilão Octopus, Scarlett Johansson como Silken Floss e Gabriel Macht no papel principal.

Acho que a história do herói de Central City está em boas mãos. Agora é esperar para ver o resultado que, repito, tem tudo para ser muito bom. Você pode ver as primeiras fotos do filme aqui!

domingo, 22 de junho de 2008

Fala ai



"E eu acredito em milagres
E eu acredito num mundo melhor, pra mim e pra você."

Ramones, I believe in miracles

sábado, 21 de junho de 2008

mp3 x cd's


Sempre que uma nova tecnologia ou mídia surge, as anteriores são condenadas ao desaparecimento. Foi assim com o rádio quando a televisão apareceu, e com o jornal impresso com o surgimento da web.

Agora é a vez dos cd´s serem vistos como algo ultrapassado. Isso mesmo, os mesmos cd´s que uma vez deixaram as fitas kc7 e os LP's para trás agora passam pelo mesmo processo. Tudo por causa da enorme quantidade de mp3 disponíveis, e da facilidade que os downloads oferecem. Pagar R$ 30,00 ou 40,00 reais num cd, ou baixa-lo de graça? Parece, e para algumas pessoas é, uma escolha fácil.

Sem hipocrisia, eu também baixo mp3, lógico, mas sempre que posso também compro cd's. Como diz um amigo meu, eu sou "velho" e saudosista, e comprar cd hoje em dia, segundo ele, é coisa de "tio". Mas eu gosto, tenho uma quantidade considerável deles, a foto ai de cima é uma parte da minha coleção de cd's inclusive (um pouco desorganizada, eu sei, preciso criar vergonha na cara e arrumar isso).

Bom, como aconteceu com o rádio e com o jornal impresso e até com os discos de vinil, os cd´s vão perder espaço (já perderam bastante), mas não vão sumir. Sempre existirão os heróis da resistência, como eu, que serão vistos como tiozinhos antiquados, mas que não deixarão isso acontecer!




quinta-feira, 19 de junho de 2008

Mas será possível?

Você conhece um tal de Justin Chadwick? Pois é, o cara conseguiu reunir no mesmo filme (A Outra, que estreou no Brasil nesta semana) Scarlett Johansson e Natalie Portman, e mesmo assim, ao que parece (eu não vi, só li por ai) conseguiu fazer um filme ruim. Se ele conseguiu essa façanha, vai ter que acabar a carreira dirigindo clipes de bandas de terceira linha por ai.


quarta-feira, 18 de junho de 2008

Vitrola no talo - Descendents


Punk rock, punk pop, surf music. Já ouvi muitas teorias que tentam definir o som de banda de hoje, o Descendents. Não gosto muito dessa necessidade de enquadrar todas as bandas e músicas em alguma "categoria". O fato é que independente disso, o Descendents faz um som ótimo, é uma baita banda.

Banda que, admito, eu conheci tarde, há uns 3 anos atrás através de um DVD da coleção Punk O' rama (lançada pela Epitaph) de um amigo. Imperdoável, pois o Descendents está na estrada desde o começo dos anos 80, e onde eu estava com meus ouvidos esse tempo todo?

Com o perdão do clichê pra lá de batido, mas "antes tarde do que nunca". Músicas como I'm the one, e When i get old não saem desde então do meu mp3, ou do meu winamp. Não vou me estender muito, o som dos caras fala por eles. Foi até difícil escolher um vídeo pra deixar ai, mas acabei optando por I'm the one, som que me levou a conhecer a banda.

Outros links de Descendents:
My Space

Ouça também:
When i get old
Coffe mug
Cool to be you
Thank you

sábado, 14 de junho de 2008

Fala ai


"Primeiro eles te dão um estado, depois eles te dão um governo, depois eles te dão uma família, depois eles te dão uma polícia, depois eles te dão uma gangue. Mas você quer mudar tudo, e resolve montar uma banda, porque o mundo precisa ser mudado! Mas ai o tempo passa, passa, e nada acontece! Mas ai vem o pior da história. Você vai se tornar tão mentiroso, tão corrupto, tão gordo e infeliz como eles. DIFERENÇA!!"

- Rodrigo, Dead Fish, cantando Tão Iguais em show no Circo Voador.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Os games e a violência

Jogos de video-game vêm sendo apontados como responsáveis pelas atitudes violentas de jovens

Jogar video-game, fliperama, game-boy ou qualquer tipo de jogo eletrônico sempre foi algo normal, um lazer de qualquer criança e até de alguns adultos. Porém, os games sempre são apontados como responsáveis por tragédias que acontecem. Sempre que um jovem desequilibrado abre fogo numa universidade ou comete um ato insano, o discurso é sempre o mesmo. Os video-games são os culpados, pois os jogos são violentos demais, induzem as crianças/jovens/adolescentes a fazerem essas coisas. Será que isso é verdade? Será que os jogos eletrônicos exercem tamanha influência na vida de uma pessoa?


Bem, o video-game de fato tem um grande poder. Os jogos sempre foram para algumas crianças uma válvula de escape contra gozações sofridas na escola, notas baixas, fustrações da vida real. É como se os personagens dos games fossem uma espécie de "alterego" desses jovens. É natural essa identificação, principalmente nos dias de hoje. Com o avanço da tecnologia da indústria de jogos, é possível até criar um personagem, um avatar, com as suas próprias características. Se antes já era fácil se identificar com um héroi de um game, agora há a possibilidade do próprio jogador ser o protagonista.

E é nesse ponto que o video-game é apontado como vilão, quando surge a possibilidade de o protagonista no mundo virtual se passar para o mundo real. Adolescentes com dificuldades de se relacionar com outras pessoas, depressivos, com problemas familiares acabam usando essa válvula de escape que os video-games oferecem da maneira errada. Os que defendem essa tese dizem que esses jovens tornam o avatar, o personagem, uma parte de sua personalidade, o que os leva a atirar contra platéias de cinema ou colegas de escola. Alguns jogos são sim violentos, não há como negar. Games como GTA (qualificar o jogo) e Counter Strike (qualificar) contém muitas cenas violentas e bem realistas, chegaram a ser até proibidos em alguns países.

Alguns especialistas, porém, afirmam que o video-game não contribui para que esses crimes aconteçam. Pelo contrário, eles afirmam que os jogos até ajudam na formação das crianças. Assim como existem jogos violentos, também existem jogos educativos, como The Hospital, onde o jogador é o responsável por um hospital, ou mesmo jogos mais infantis.

O fato é que tudo depende da personalidade de quem joga. Existem os que repudiam os jogos violentos, os que jogam mas que são equilibrados o suficiente para saber que aquilo não passa de uma brincadeira. E existem ainda os adolescentes problemáticos citados acima, já com uma tendência violenta, que jogam video-game com outro olhar. Neste caso, não é o video-game que cria essa personalidade no adolescente, ele pode até potencializar isso, mas a característica violenta já é do jogador. Não existem teorias concretas sobre o assunto, apenas hipóteses, e essa polêmica ainda vai se estender por muito tempo. Mas não há como negar que o video-game continua sendo uma ótima opção de lazer.

Texto publicado no blog webjorsuperação, mantido pelos alunos do professor Willian Pereira de Araújo, também conhecido como Willião.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Vitrola no Talo - Nitrominds


Quatroze anos na estrada, turnês em vários países da Europa e um som com uma pegada única. Estou falando do Nitrominds, uma das bandas mais importantes da cena independente brasileira.

Formada em 1994, na cidade de Santo André, o Nitrominds foi uma das primeiras bandas independentes a fazer turnês fora do país. Além disso, também foi uma das primeiras a trazer bandas de fora tocar por aqui, como Bambix ( Holanda) Terrorgruppe ( Alemanha), D.Sailors ( Alemanha) e os americanos do Down by Law.

Não é a toa que o Nitrominds é uma das bandas brasileiras mais respeitadas e conhecidas lá fora. Os números dos caras impõem respeito: cds lançados no Brasil, EUA Canadá e Europa , além de quatro turnês pelo velho continente ( 2000, 2001, 2002 e 2003 ) uma no Canadá ( 2003) e uma na Argentina (1999).

Assisti um show deles em 2005, em que eles tocaram com os alemães do Thypoon Motor Dudes (ótima banda, que inclusive pertence ao selo dos caras, Nitroala Records). O clip ai abaixo é da música Down and Away, do cd Start your own revolution. Hardcore rápido, direto, sem frescuras e da melhor qualidade!

Ouça também:
Flowers and commom view (cláááááássica)
Star your own revolution
Bjstand and old Vienna

Outros links de Nitrominds:
Tramavirtual

sábado, 7 de junho de 2008

Mutantes, 45 anos depois



Todos sabem que a novela da Record, "Caminhos do Coração" está fazendo muito sucesso, ganhou até uma "2ª temporada". O que pouca gente sabe, é que o mote da história, e até a maioria dos mutantes, são inspirados (ou copiados?) na HQ criada por Stan Lee e Jack Kirby em setembro de 1963, chamada X-men.

Parece até bobo escrever isso, você pode se perguntar "ué, mas quem que não conhece os X-Men?". Pois é, mas eu andei lendo por ai que a novela faz sucesso porque a idéia de falar sobre mutantes é nova, revolucionária e coisas do tipo. Não é. Adaptar o formato para uma novela das oito pode até ser, mas a idéia, a história, não é. A série Heroes também segue o mesmo caminho.

Onde eu quero chegar com esse assunto? No poder que a mídia tem de "vender" seus produtos. X-men existe desde 1963, já ganhou três (razoáveis) adaptações para o cinema, e mesmo assim, a maioria da imprensa e da mídia trata Caminhos do Coração e Heroes como se fossem as primeiras produções a falar de mutantes e afins.

Não tenho nada contra a novela nem a série, não assisto nenhuma das duas, porque realmente acho que elas "chupam" demais a obra de Stan Lee, ao invés de apenas se inspirarem nela. Para fechar, isso é um exemplo de uma coisa que pertencia a um universo mais restrito (no caso, quem gosta de quadrinhos), e foi transformada em cultura de massa, jogada no horário nobre da TV, tomando proporções incríveis, hoje em dia todo mundo tem a palavra "mutante" na ponta da língua.

O que há de errado nisso? Nada, ué. Os mais puristas ficam bravos, eu fico apenas incomodado. De qualquer forma, se você se interessou pela história assistindo Heroes ou Caminhos do Coração, ou mesmo assistindo aos filmes, experimente ler uma das HQ´s dos X-Men, que é muito mais interessante.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Vitrola no Talo - Samiam


Frio, chuva, correria e dia de Vitrola no Talo. A dica de hoje também vem da Califórnia, e trata-se do Samiam. Formada no final dos anos 80, a banda ainda é um pouco desconhecida no Brasil, apesar de ter passado por aqui em 2002, numa turnê com o Garage Fuzz.

O som dos caras, alias, é indicado para dias como esse; nebulosos. É um som para ouvir ao chegar em casa cansado depois daquele dia cheio. Belas melodias, guitarras bem trabalhadas, enfim, um som para relaxar. O Samiam segue a linha de bandas como Hot Water Music e The Draft por exemplo.

Sem muito tempo para escrever hoje, mas fica ai mais uma dica. O clip abaixo é da música She found you, do cd Are freakin me out. Aqui você confere uma entrevista que o Sergie Loobkoff, guitarrista e fundador da banda, deu para o Zona Punk em 2002, na época da turnê dos caras aqui no Brasil.

Está de saco cheio? Trabalhou feito um burro o dia todo? Esqueceu de entregar aquele trabalho na faculdade? Riscaram o seu carro? Coloque um som do Samiam ai no seu winamp e relaxe.

Ouça também:
Sunshine
Ordinay Life
Dull
How Long

Outros links de Samiam
My Space

sábado, 31 de maio de 2008

Da trabalho, mas...


... é compensador! Estou finalizando a primeira fase (teórica) do meu TCC, que trata-se de um site voltado para a cena independente. Quando digo cena independente, estou me referindo a música, quadrinhos, cinema, teatro e qualquer outra manifestação artística ou ideológica.

Este já é um projeto antigo que eu tenho, cheguei a fazer um piloto dele no segundo ano de faculdade, mas agora é pra valer. Se tudo der certo, no final do ano o site já estará no ar com informações, dicas de bandas, filmes, shows, exposições, colunas, opinião, entrevistas e outras coisas.

Desde que entrei na faculdade tenho me dedicado a trabalhos voltados a cena independente, contracultura e movimentos desse tipo. Sempre me irritou o conformismo, o modismo, as tendências. O objetivo deste site é atender a quem, assim como eu, busca algo diferente, algo que passe longe da mesmice e do senso comum.

Postarei infomações aqui na Vitrola sobre o andamento do projeto sempre que possível.

Yeah!

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Vitrola no Talo - Fistt


Chega a quarta-feira, e com ela mais um Vitrola no Talo. A banda de hoje é o Fistt, que vem de Jundiaí - SP trazendo um hardcore/punk rock rápido, direto e com refrões fortes.

A banda liderada por Fabiano Nick se caracteriza pelo bom humor, refletindo isso em algumas de suas letras, que também são inteligentes, belas e sutis (escute Um Herói ou Vinteum, e você entenderá o que eu quero dizer).

O primeiro cd do Fistt saiu em 1999, " “Pamim, panois, pocêis” , que traz sons como menininha e hardcore na veia. Em 2001 e 2004 vieram “Finais iguais, histórias diferentes…”, e “Vendo as coisas como você…” respectivamente. Os caras deram uma parada durante 2005, e voltaram com tudo no ano seguinte com um cd ao vivo gravado no Black Jack. "Viva - Ao vivo no Black Jack” traz os maiores hits do quarteto, tocados num palco baixo, com ótima troca de energia entre público e banda. O quinto trabalho sai neste ano, "“Como Fazer Inimigos…” .

O Fistt está ai para mostrar que a cena rock do interior do estado também é muito forte. Os caras já contam com mais de 600 shows na bagagem, em várias regiões do país. Vida longa ao Fistt, e ao rock do interior! O clip abaixo é da música Vinteum, que traz uma mensagem que eu aplico na minha vida desde a primeira vez que ouvi esse som. Quarta que vem tem mais.

Ouça também:
Um herói
Finais iguais, histórias diferentes
Minduim
Nada por você
Garrafas

Outros links de Fistt
Tramavirtual
Fotolog oficial

domingo, 25 de maio de 2008

E mais um dia vai embora

Bati esta foto da janela da sala do meu apartamento esses dias. Já faz algum tempo que eu vejo o sol se por dessa maneira. Alias, nem sempre é possível, nem sempre estou em casa nessa hora, e as vezes estou, mas esqueço de abrir a janela para olhar.

O tempo não para, você cresce, as coisas mudam, as responsabilidades chegam, você evolui, vai se tornando uma pessoa melhor, enfrenta dias bons e ruins, alegres e tristes, difíceis ou não.

O fato é que é que toda vez que o sol se esconde atrás daquela colina, é mais um dia que você escreveu na sua vida, é mais um capítulo da sua história, é mais uma lição que você aprendeu, é mais um obstáculo que você venceu.

Faça dos seus dias páginas boas da sua história, eu espero poder ficar velho e poder olhar o sol indo embora com o sentimento de dever cumprido. Porque como diz a música do Fistt, "Algumas coisas vão mudar, mas sua atitude vai ficar."

Você também pode ver essa e outras fotos aqui.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Vitrola no Talo - Strung Out


Quarta-feira, véspera de feriadão e dia de Vitrola no Talo. A banda de hoje vem da Califórnia, estamos falando do Strung Out, que está na estrada desde 1992, e conta com a seguinte formação: Jason Cruz (Vocal), Rob Ramos (Guitarra), Jake Kiley (Guitarra), Chris Aiken (Baixo) e Jordan Burns (bateria).

A Califórnia é terra de bandas muito boas, mas o Strung Out tem algo de particular, por misturar as letras e a pegada do hardcore californiano com guitarras e riffs muito bem trabalhados. Os solos são coisa de outro mundo, alguns um pouco longos, mas que dão uma sonoridade particular a banda.

Os caras passaram pelo Brasil em 2006, e já lançaram nove álbuns incluindo um ao vivo (Live in a Dive, de 2003, recomendadíssimo), dois EP’s e uma compilação. O trabalho mais recente é de 2007, Blackhawks over Los Angeles, mas merecem destaque também os cd´s An American Paradox (de 2002) e The Element of Sonic Defiance (de 2000).

Fica ai a dica pra quem gosta de um som um pouco diferente, e do chamado hardcore melódico. O clip abaixo é da música Analog, do cd Exile In Oblivion. Quarta que vem tem mais Vitrola no Talo.

Ouça também
Satellite
Dig
Matchbook (cláááááássica)
Ana Lee
Lost Motel

Outros links de Strung Out
My Space

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Vitrola no Talo - Terminal Guadalupe

Como esse é o primeiro Vitrola no talo, achei por bem começar indicando uma banda nacional. Trata-se da curitibana Terminal Guadalupe, formada por Allan Yokohama (guitarra e voz), Dary Jr. (voz e letras), Fabiano Ferronato (bateria) e Lucas Borba (guitarra).

O som dos caras nos remete a década de 80; Legião Urbana, Plebe Rude, IRA!. Quem gosta dessa levada oitentista com certeza vai se identificar com o som da banda.

As letras são inteligentes, com cunho político, coisa rara de se ver nas bandas nacionais que estão começando. As melodias grudam na cabeça, fazendo com que você se pegue cantarolando as músicas durante boa parte do dia. No entanto, apesar disso, o Terminal está longe de ser considerada uma banda apenas "comercial".

O cd mais recente dos caras é o A Marcha dos Invisíveis, e é daqueles que você escuta da primeira a última faixa sem ter que pular nenhuma. Todas as canções são ótimas. Antes de A Marcha.. a banda já havia lançado três cd´s de maneira independente, sendo que o último (Você vai perder o chão) foi considerado o melhor disco independente em votação da revista Laboratório Pop.

Fica ai a dica de mais uma banda que veio do underground. Por isso é necessário valorizarmos as bandas nacionais. Tem muita gente boa na cena alternativa ralando para mostrar seu trabalho. O clip abaixo é da música "Pernambuco Chorou". Quem quiser ouvir mais sons do Terminal Guadalupe é só entrar no Tramavirtual ou no My Space dos caras. Quarta-feira que vem tem mais Vitrola no Talo, com mais uma dica de banda.

Ouça também:
De Turim a Acapulco
Recorte Médio Oriental
Atalho Clichê
Cachorro Magro

Outros links do Terminal Guadalupe
Fotolog
Last FM

terça-feira, 13 de maio de 2008

Há 40 anos atrás...

No final do ano passado, eu tinha que fazer um trabalho de fotografia para fechar o ano. Escolhi o tema "Velharia", e fui na casa de um tio que colecionava coisas antigas. Ele tinha muita coisa legal lá, eu bati umas 70 fotos, entre elas a foto do layout ai de cima, que acabou inspirando o nome deste blog.

Mas o que me chamou a atenção, é que ele se orgulhava mais dos posters de mulheres que ele tinha, e insistiu para que eu os fotografasse. Pelo que eu pude entender, a Sula Miranda e a Roberta Miranda eram as preferidas da geração dele. Será que quando eu for um velhinho tarado de 70 anos, e tiver um poster da Juliana Paes no meu quarto, os meus netos vão tirar sarro de mim?

Outra coisa que me chamou a atenção foi um ferro de passar roupa feito de chumbo Isso mesmo, CHUMBO!. Coitada da minha avó, da para fazer musculação com aquilo. As coisas mudam muito rápido. Os costumes, os padrões de beleza, as maneiras de se vestir, a tecnologia, os hábitos. Acho que meus netos vão tirar sarro de mim até quando eu contar a eles que "no meu tempo eu baixava mp3".

Curtam as fotos, quem quiser pode ver mais aqui. Ah, e amanhã tem Vitrola no Talo, não deixem de entrar aqui, pois como diria um amigo meu, "é imperdível, você não pode perder!"


J.R Duran não faria uma foto melhor que essa

O que aquele relógio faz ali?

Alguém se lembra da Vovó Piedade da novela "A Usurpadora?" Pois é, ela foi cantora de sucesso no México na juventude. Eu particularmente adoro o México.

Eu gostei do caminhão.

Alteres e supinos são para os fracos

segunda-feira, 12 de maio de 2008

A Vitrola ainda toca

Duas semanas doente, mais algumas semanas correndo para colocar o TCC em dia e voalá: temos um blog jogado as traças. Queria me desculpar com meus 7 leitores que religiosamente lêem o que este lunático aqui tem a dizer.

A partir de hoje a Vitrola voltará a ser atualizada com freqüência, com algumas novidades. Toda quarta será dia de "Vitrola no talo", com dicas de bandas. Além disso, estou programando uma série com as "Notícias fabulosas que mudarão para sempre nossas vidas."

Durante esse tempo ausente li bastante sobre contracultura para fazer meu TCC; poder jovem, revolta, vontade de fazer alguma coisa para mudar. Ao contrário dos anos 60 e 70, a maioria dos jovens hoje em dia estão cada vez mais conformados e mais alienados, e são poucos os que fogem do senso comum e das regras por ai estabelecidas. Mas isso é um assunto para outro dia, e outro post.

Por falar em anos 60 e 70, e para começar bem a semana, um vídeo do The Who tocando no Woodstock de 1969.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

A falta que uma rádio rock faz



Já que este blog está numa onda "nostálgica", resolvi falar de uma rádio que fez parte da adolescência de muita gente. A extinta 89, a rádio rock! (a rádio ainda existe, mas só com o nome "89", e virou uma espécie de Jovem Pan, tocando só música pop, infelizmente a rádio rock acabou faz tempo). Bom, mas voltando ao assunto. No começo, a 89 se chamava Usina do Rock, e tocava rock sem parar, praticamente sem intervalos comerciais. Depois, se tornou a 89, A rádio Rock, ficou mais profissional e, mesmo tendo acrescentado sons mais "comerciais" na programação, continuou boa.

Para ser sincero, não sei se ela pegava em outros estados além daqui de São Paulo, só sei que eles tinham, na sua fase final, algumas afiliadas por ai, como no Rio de Janeiro, Curitiba e uma no nordeste, não me lembro exatamente em qual cidade. Por aqui, pegava tanto a 89 matriz, a da capital, como a 89 Campinas, destinada ao interior. E eu conheci muita, mas muita banda ouvindo a programação deles.

Os programas era bem feitos, e direcionados para quase todas as vertentes do rock. Quem nunca passou o dia ouvindo a 89 no dia 13 de julho (dia mundial do rock) para ouvir as "100 melhores músicas da história do rock"? Ou então no último dia do ano, quando tocavam as "100 mais do ano"? O que eu mais gostava era ouvir a 89 de madrugada, só tocava coisa fina, clássico atrás de clássico, coisa que a gente não enjoa nunca de ouvir.

Eu sei que, a exemplo do post anterior, quem tiver menos de 18 anos vai ler isso aqui, me achar um velho doido saudosista e dizer "mas tio, hoje em dia tem rádio online aos montes pra ouvir". Ta, eu sei. Mas não é a mesma coisa, e mesmo tendo rádios rock boas por ai hoje em dia, acredito que a 89, como eu disse, marcou fases da vida de muitas pessoas, e eu sou uma delas.

Bom, para fechar, um vídeo de uma das maiores bandas do mundo, que eu escutava direto nas madrugadas rock da 89. Ramones, KKK took my baby away.
One two tree four!


segunda-feira, 21 de abril de 2008

Idade da pedra

Os menores de 18 anos que lerem esse post me acharão um ser esquisito e da idade da pedra, mas sim, o que eu vou contar é verdade. Quando eu estava ainda "tendo" a minha formação musical, lá pelos anos de 1999, 2000, não exista download. Internet? Era artigo de luxo.

Pois bem, sendo assim, se já era difícil você escutar um som de uma banda gringa, imagina VER um clip dessa banda (pois é, o youtube não era nem uma idéia ainda). A única forma de ver clips eram alguns programas toscos da tv aberta (aqui onde eu moro, a MTV é canal fechado, acreditem se quiser). Um desses programas era o Clipper, da TV Gazeta. De cada dez clipes que passavam lá, nove eram horríveis, e um prestava.

E eu e mais um amigo ficávamos lá, com a fita no ponto no video-cacete, com o dedo rente a tecla "rec", esperando passar um clip legal para poder gravar (pois é, o DVD também era um artigo de luxo nessa época, isso se ele já existia...).

E esse clip do Foo Fighters (Generator) era um que passava as vezes. Lembro da minha alegria quando eu consegui grava-lo pela primeira vez, assisti a fita umas 200 vezes depois. Da saudade dessa época, era tudo bem mais difícil, mas era tão boa a sensação de conseguir um material da banda que você curtia.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Zines de ontem e de hoje

Estava procurando um texto nas minhas coisas esses dias, e sem querer me deparei com dois zines que tenho guardado. Um é o zine Café, editado pelo meu amigo cartunista André Almeida, em 2003.

Capa do zine Café, de 2003

Este zine trazia os trabalhos de vários cartunistas, gente muito boa mesmo. Não sei ao certo quantas edições o André conseguiu rodar, mas eu tenho duas guardadas aqui.



Quadrinhos de André Almeida no zine Café, de 2003


O outro zine é um que rola aqui em Bragança atualmente, o Espaço Edith Zine, editado pelo vocalista e guitarristas da banda Leptospirose, Quique Brown.

Capa da edição n° 03 do Edith Zine, de 2007

O Edith é praticamente uma revista underground, traz entrevistas e informações sobre a cena independente da região bragantina, além de quadrinhos, resenhas e colunas. A capa dessa edição traz uma entrevista com Marcos Motossiera, vocalista da banda uruguaia Motossiera.


Eduth Zine, de 2007

Se por acaso você chegou até aqui, e tem algum zine ou e-zine que gostaria de divulgar, deixe o link nos comentários, ou mande um e-mail para o endereço que está ali no perfil, que a gente posta e divulga aqui.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Somente fogos de artifício iluminarão o céu a noite

Eu sei que já faz um certo tempo (o clip é de outubro de 2007), mas vale a pena falar sobre ele. Este clip do Keane (The Night Sky) foi feito por crianças da organização War Child (Organização britânica que presta assistência às crianças de países devastados pela guerra); a letra retrata a visão da guerra sob a perspectiva de crianças que viveram seus horrores.

Por que esse clip do Keane está aqui? Simples. Não é só por que eu gosto do som dos caras, mas por que me irrita profundamente quando alguém fala mal da cidade ou do país em que mora ou onde cresceu. Querendo ou não, esse lugar ajudou a construir o seu caráter, a pessoa que você é hoje. E nós deveríamos nos sentir aliviados, porque vivemos numa região sem grandes conflitos, nossas lembranças estão todas lá, seja aquela rua onde você costumava jogar bola ou aquela casa onde você passou a infância. Você pode até não morar mais lá, mas sempre que bater uma certa nostalgia, uma saudade, você pode voltar lá e relembrar.

Já as lembranças dessas crianças são todas destruídas por bombas, mísseis e pela ambição de alguns poderosos. "Ah, mas o Brasil é uma merda, com tanta corrupção e tantos problemas, terceiro mundo, os EUA é mais legal e blá blá blá". Sim, mas será que o Brasil não está assim porque nós não sabemos votar, ou por que nós somos acomodados e conformados demais?

Imagine não poder reunir os seus amigos por que a qualquer momento um míssel pode cair sobre a sua cabeça, ou ver um bombardeio destruir aquele lugar que guarda as suas melhores lembranças? Como diz uma parte da letra desse som, " Oh o que eu daria para esperar no ponto de ônibus, ou folhear os livros em uma livraria, para dormir e sempre estar calmo" Assistam o clip, a letra em inglês está aqui, e a letra traduzida está aqui.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Primeiros contatos

Confesso que comecei a acompanhar com certo atraso a cena independente. Meus primeiros "contatos" com ela aconteceram entre 2002 e 2003 (no auge dos meus 16, 17 anos, quando reza a lenda eu encantava os amantes do futebol com jogadas espetaculares na quadra da FESB, mas essa é outra história). Bom, voltando ao assunto, nessa época era (bem) mais difícil achar músicas de bandas independentes, mesmo com os downloads. Eu ainda não tinha internet, mas alguns amigos já tinham, e era através deles que eu ia conhecendo músicas e bandas. E a primeira que me chamou a atenção foi o Dead Fish, banda que eu escuto religiosamente todo santo dia até hoje. Ainda guardo num caderno antigo daquela época a letra de Sonho Médio (primeira música deles que eu ouvi) que o João me escreveu. É legal ver esse vídeo, e relembrar um tempo que deixou saudades.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Um papo com o mestre

Durante todos esses anos de escola, faculdade e cursos, tive muitos professores. Alguns simplesmente passaram, outros me ensinaram tanto que acabaram virando meus mestres , pessoas nas quais me inspiro até hoje. Um deles, é Orivaldo Biaggi, professor de História da Comunicação da FAAT. Incrível como um simples bato papo com ele pode se tornar uma aula, um aprendizado. Na última quarta feira foi exatamente isso que aconteceu. Numa simples conversa, falamos de contracultura, de cinema, do estilo dos diretores de cinema, de filmes antigos, de filmes recentes, de Stephen King, de música. "Aulas" como essa é que fazem valer a pena o dinheiro gasto na faculdade. Professores como o Orivaldo, que é admirado não só por mim mas por todos os alunos que já tiveram aula com ele, é que acrescentam algo na nossa formação.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Formando opiniões e cidadãos

O jornalista pode ajudar a formar cidadãos se saber usar o poder que a mídia oferece


A imprensa exerce enorme influência perante a sociedade, tanto que é chamada de "o quarto poder". Sendo assim, o papel do jornalista acaba tomando grandes proporções, já que suas palavras são ouvidas por milhões de pessoas. Pessoas essas que assimilam o que vêem na mídia, e acabam tomando aquilo como verdade, aplicando essa verdade em suas vidas.
Diante desse quadro, o jornalista tem que usar de forma positiva o poder que possui. Cabe a ele, além de informar, abrir os olhos da população para determinados acontecimentos, fazer as pessoas pensarem, questionarem. Não fazer como muitos profissionais e muitas empresas, que usam o grande alcance da mídia para criar fatos, passar verdades que não são reais para atender a seus próprios interesses ou de terceiros. Um fato que gera polêmica até hoje é o debate editado pela Rede Globo entre Fernando Collor e Luiz Inácio Lula da Silva, candidatos a presidência em 1989. Para muitas pessoas, o debate foi editado de uma forma para favorecer Collor.
A grade de programação da tv aberta é outro a ponto a ser discutido. A grande maioria dos programas (principalmente os do horário nobre) são feitos simplesmente para entreterem o público. Não fazem as pessoas pensarem, não acrescentam nada para suas vidas, não enriquecem suas culturas. Isso gera alienação, gera conformismo. E os bons programas, os educativos e com conteúdo, ficam escondidos na grade das emissoras, em horários absurdos.
É preciso parar de tratar a notícia simplesmente como um produto. Sim, vivemos num sistema capitalista, onde a briga por mais ibope é selvagem. Mas, mesmo assim, não se pode distorcer um fato com a intenção de deixa-lo mais "atraente" para ganhar mais audiência ou leitores. Por exemplo, é comum no jornalismo o famoso "sensacionalismo", pegar um fato trágico e deixa-lo mais trágico ainda, explorar o drama de outra pessoa, transformar uma tragédia em show para garantir uns pontos a mais no IBOPE. Isso aumenta a audiência, mas não é certo, tem que haver um limite, tem que haver bom senso.
O jornalista também ajuda a formar cidadãos. Por isso seu trabalho deve ser feito com a maior imparcialidade e ética possível. Para mostrar a população todos os lados e versões de um fato, abrir seus olhos. Levar até as pessoas algo com conteúdo, para que elas possam aplicar em suas vidas, em seus bairros. Desse modo, o jornalista cumpre seu papel, e o poder da mídia é usado da maneira correta.

Texto publicado no blog webjorsuperação, mantido pelos alunos do professor Wilian Pereira Araújo.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Aquecimento o que?

"O que damos por certo hoje, pode não estar aqui para nossos filhos."

Al Gore

Já assistiu ao Documentário "Uma Verdade Inconveniente - Um Aviso Global" ? Não? Então apague esse cigarro e corra até a locadora mais próxima. Ah! E de preferência, deixe o carro na garagem e vá a pé, certo?

domingo, 23 de março de 2008

Jornalismo x Publicidade

Propaganda se misturando ao Jornalismo: Uma nova tendência?


É cada vez mais comum ver jornalistas emprestando sua imagem para a publicidade. Seja atuando como garoto-propaganda ou fazendo merchandisign, alguns profissionais têm se aventurado nesse ramo. O "merchan", inclusive, invadiu diversos programas jornalísticos na tv, principalmente os esportivos. Mas será que a profissão de jornalista permite isso? Será que o jornalista, ao emprestar a sua imagem para uma empresa ou um produto, não perde a credibilidade?

Essa polêmica provocou um racha dentro da própria imprensa. Alguns profissionais defendem, e acham que é normal. Outros condenam, argumentando que esse não é o papel do jornalista. Um dos principais defensores do merchandising é o jornalista esportivo Milton Neves.

Já outros profissionais, como Juca Kfouri e Luiz Antonio Magalhães, condenam esta hipótese . Juca chegou, inclusive, a trocar farpas na imprensa com Milton Neves por conta disso, e Magalhães escreveu no site Observatório da Imprensa sobre o caso de Joelmir Beting, que, ao fazer uma propaganda para o Banco Bradesco, foi demitido de "O Estado de São Paulo" e de "O Globo".

O fato é que quando o jornalista opta por entrar no mundo da propaganda, ele está sujeito a questionamentos. Amanhã, a empresa a qual ele emprestou a sua imagem pode se envolver num escândalo, e por mais que ele não tenha nada a ver com isso, suas palavras serão colocadas em xeque. Ora, como ele irá escrever sobre esse caso, se ele próprio apareceu falando bem dessa empresa?
É, portanto, uma situação que deve ser evitada, assim como o merchandising nos programas de TV, sejam eles esportivos ou não. Muitas vezes a notícia é deixada de lado para que os produtos sejam anunciados, e isso é uma falta de respeito com quem está assistindo.

Jornalista tem que, além de informar, fiscalizar, cobrar, mostrar o que está errado e o que está certo. Não pode nunca associar a sua imagem a nada nem ninguém, pois, quando ele faz isso, perde aquilo que ele tem de mais precioso: a credibilidade.


Texto publicado no Blog Webjorsuperação, mantido pelos alunos do Professor Willian Pereira Araújo.

sábado, 22 de março de 2008

One, Two, Three, Four

Bem vindos!

O Blog "Nova Vitrola" foi criado para que este futuro-quase-jornalista possa compartilhar com vocês (meus cinco ou seis leitores), seus pontos de vista sobre este mundo doido e frenético em que vivemos. Música, cinema, política, quadrinhos e cultura inútil serão temas freqüentemente abordados neste espaço. Espero a opinião de vocês, comentários, sugestões, discussões e reclamações. Nos links ao lado, vocês podem conferir também sites e blogs de gente que tem algo interessante a dizer. Em breve, novidades! Aguardem