terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Discos que mudaram minha vida


O NovaVitrola estréia hoje essa nova seção, sobre discos que mudaram a vida do blogueiro, ou, pelo menos, sua percepção sobre música.

Para começar, nada melhor do que esse There is nothing left to lose, do Foo Fighters. O ano era 1999, o nu (ou new) metal começava a virar a febre. Bandas como Limp Bizkit, Korn e Slipknot, todas formadas na metade dos anos 90, começaram a ganhar destaque.

No meio disso tudo estava Dave Grohl e o seu Foo Fighters. Naquela época, o FF já tinha lançado dois trabalhos (Foo Fighters e The Colour and the shape),que, embora elogiados pela crítica e trazendo algumas faixas que se tornariam hits (como Big Me, My Hero e Everlong), ainda não tinham sido capazes de alça-los à condição de super banda que eles têm hoje.

É bem verdade que Dave Grohl ainda era tratado por parte da imprensa como "o ex-baterista do Nirvana", estigma que ele sempre lutou para deixar pra trás, e conseguiu, com méritos, conforme já foi escrito por aqui antes.

There is nothing left to lose foi o divisor de águas nesse sentido para os caras. O cd é bom da primeira até a última faixa e trouxe uma porrada de hits: Learn to Fly, Stacked Actors, Breakout, Generator, Next Year. Isso sem mencionar músicas menos conhecidas, mas que figuram fácil entre os grandes momentos da banda, como Headwires e Ain it the life.

Eu tinha 13 anos na época e dava meus primeiros passos ouvindo rock n roll. Naquela época, sem internet, começar a ouvir rock significava começar pelas bandas clássicas e mais conhecidas, Iron, AC/DC, Guns n Roses, Stone Temple Pilots e... Nirvana, claro. Eu conhecia pouco de Foo Fighters, só sabia que era a outra banda do ex-baterista do Nirvana e tinha ouvido o segundo cd na casa de um amigo e gostado.

There is nothing left to lose me fez pirar, foi um dos cd´s que mais ouvi na vida, ouço bastante até hoje. Dave Grohl foi na contramão naquela época, pois a tendência já era o tal do nu metal, como citado acima. E acertou em cheio. Em 2001 eles tocaram no Rock in Rio 3, para um público pequeno se levarmos em conta a dimensão que a banda tem hoje.

Eu fiquei acordado naquela madrugada para gravar os melhores momentos do show deles na Globo (eu não tinha tv a cabo). Lembro de ficar frustrado porque passaram apenas Stacked Actors, e de bandas como Slipknot e Guns n' Roses mostraram quase o show todo. A Ilustrada fez uma matéria de capa com o FF no dia do show, dizendo que era uma banda promissora, que estava crescendo e que com certeza ia longe, além de elogiar Grohl dizendo tratar-se de um cara talentoso que não tinha medo de arriscar. Acertaram.

Ainda hoje me vejo pensando longe quando ouço Next Year ou Aurora, e tenho vontade de quebrar tudo quando ouço Generator. No fundo talvez eu ainda seja aquele moleque de 13 anos.




6 comentários:

daniela disse...

Nossa, que legal, um blog dedicado a música. E música quando marca é assim mesmo,precisa te-la pra gente naquele momento! Ao contrário tudo fica sem sentido... Parabéns!

Daniel Silva disse...

muito bom o post, thiagão. foo fighters é do caralho. pensei que não irias citar aurora, que é a minha preferida.

abraço!

Isabella Corrêa disse...

Heyy, gostei muito do post. Tive muitos anos de paixões musicais do tipo. Adorava Foo Fighters!! :] Obrigada pelos dois últimos comentários no meu blog. Estou começando a achar que está se tornando o único fiel acompanhante dele, mesmo que eu não atualize com tanta frequência.

P.S: Também jáz aqui uma alma viciada em café!!

Isabella Corrêa disse...

P.S.S: Opa, jaz*... ;)

Silvana Persan disse...

sempre gostei dos clipes do FF. mas nessa época ainda achava que o David Grohl não passava do ex-batera do Nirvana que tinha resolvido soltar uns gritos. só depois é que fui me interessando mais pelo som deles (não curtia, achava meio Blink 182).
talvez Next Year tenha ajudado a romper um pouco o preconceito, por causa dos acordes quase "quiálteros".

Daniel Silva disse...

toma vergonha na cara, ruivo