sábado, 25 de junho de 2011
No boteco com Dave Grohl
Assisti neste feriado ao documentário Back and Forth, que narra a trajetória do Foo Fighters desde que Dave Grohl deixou o Nirvana, depois da morte de Kurt Cobain. O documentário só reforçou uma impressão que eu já tinha: Dave Grohl é gente boa pra cacete.
A cada depoimento no vídeo ele passa a imagem de ser aquele cara que senta num bar e fica ali falando por horas sobre música ou qualquer outro assunto. Apesar de extremamente talentoso e bem sucedido, Grohl parece ser (e acredito que seja mesmo) um cara simples.
Talvez suas origens expliquem isso. Grohl veio da cena underground de Seattle, sua formação como músico foi num ambiente bem longe do mainstream, fazendo música por paixão. Ele faz questão de citar bandas desse meio que o inspiraram, chegou até a levar uma delas (o Scream, banda da qual foi baterista e que também contava com Pat Smear nas guitarras) para abrir alguns shows do FF recentemente.
Por outro lado, Back and Forth também mostra que o frontman do Foo Fighters faz valer algumas vezes sua autoridade de "dono" da banda. Apesar de se mostrar democrático às contribuições artísticas dos demais integrantes, Grohl já tomou posições fortes para colocar a sonoridade do FF no caminho que ele achava correto.
Mesmo quem não é fã da banda, mas gosta de música e de histórias dos bastidores do rock n' roll, vai gostar. A trajetória dos Foo Fighters é contada de maneira detalhada pelo diretor James Moll, que não hesitou em colocar o dedo em algumas feridas do passado (como o problema de Taylor Hawkins com as drogas, ou como Grohl teve que decretar a saída de um antigo amigo da banda porque as coisas simplesmente não estavam dando certo).
A relação entre o então jovem Dave com Kurt Cobain também é explorada de maneira interessante, sem sentimentalismos ou exageros.
Dave Grohl era baterista da maior banda de rock dos anos 90, e teve coragem de começar tudo do zero para fazer aquilo que tinha vontade. Talentoso e carismático, conseguiu se desvencilhar da imagem de "o cara do Nirvana" para se transformar "no cara do Foo Fighters".
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3 comentários:
FODAH
De certa forma achei q o filme é muito mais sobre o Dave Grohl q sobre a banda de fato. Poderia usar sua frase pra resumir: o filme é sobre o cara que "conseguiu se desvencilhar da imagem de "o cara do Nirvana" para se transformar "no cara do Foo Fighters". Mas, apesar dessaminha impressão, o documentário é bem mais que isso, felizmente.
As situações passam ser mais comum depois que os acontecimentos viram rotina... o ser humano muda por que não quer ser julgado pela falta de iniciativa, mas sim pelo fato de estar de frente com uma situação e nada fazer....se omitir.
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